terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estou lendo...


Os Cem Melhores Contos de Humor da Literatura Universal - Flávio Moreira Da Costa
Comecei esta semana. Vai demorar um pouco.

As mentiras que os homens contam- Luis Fernado Veríssimo


Muito divertido! Vale a pena!
Da próxima eu posto algumas passagens. Eu emprestei o livro...rsrs Quando eu acho bom, logo quero oferecer..rsrs
É interessante como a sociedade nos ensina a mentir e, também, nos repreende por isso. As mentirinhas sociais são tão bem aceitas e, talvez, possam ser confudidas com educação. Olha só, que louco!
Há uma passagem em que o narrador comenta que as mentiras contadas são para a proteção das mulheres..hehehe Pode?
Troquei comigo, leiam também.
Aguardo vocês!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Leite derramado


Estou lendo " Leite derramado" de Chico Buarque!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Aos colégios



Preciso registrar aqui meu carinho pelos alunos, pais de alunos e coordenação dos colégios onde trabalho: Colégio Equipe e Escola Degraus de Ensino.
Meus alunos do Equipe fizeram uma entrevista muito informal e juntos com a coordenação colocaram no site da escola.
Muito obrigada, meu "xuxus"!

Nota do ACESSA.COM

Juiz de Fora é plano de fundo para contos e crônicas Dulce Godinho Pereira lança Pelas ruas da cidade e busca mostrar como o ambiente contribui para a formação da identidade do indivíduo

Clecius Campos
Repórter
12/03/2009

Em Pelas ruas da cidade, livro da professora e mestre em Teoria Literária, Dulce Godinho Pereira, Juiz de Fora aparece como cenário de histórias narradas por diversos personagens, que dividem com o leitor, dúvidas, receios e acontecimentos cotidianos. O tema seria corriqueiro, se não fosse a intenção da autora de passar a mensagem de que o ambiente muda o olhar do indivíduo, através de ruas, bairros e outros locais conhecidos dos juizforanos.
Para Dulce, uma cidade tem o poder de modificar o comportamento das pessoas. "A formação do sujeito se dá também através da transformação da cidade. É uma evolução mútua, em que ambos são afetados". A escritora afirma, no entanto, que os narradores dos textos não falam claramente sobre o assunto. "O que eles fazem são análises críticas do ambiente. Fica a cargo do leitor fazer essa interpretação", diz.
Além da questão da interpretação, o leitor poderá encontrar em Pelas ruas da cidade pitadas da história de Juiz de Fora. "O livro não é sobre as ruas da cidade e sua história. O que faço é dar algumas informações sobre acontecimentos do passado, como a mudança de nome da rua Olegário Maciel, que se chamava rua das Serras ou a enchente que quase destruiu o bairro Manoel Honório, na década de 40", afirma.
Apesar da temática reflexiva, o livro tem público infanto-juvenil e será trabalhado em oficinas que Dulce começa a ministrar a partir de abril, para alunos de 1ª a 9ª série do Ensino Fundamental, em dez escolas municipais. "O livro tem uma linguagem bem jovial. Pretendo motivar crianças e adolescentes a gostarem mais da cidade. Isso é importante para a formação da identidade deles".
Lei Murilo Mendes
O projeto Pelas ruas da cidade foi aprovado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura em 2007, mas só foi lançado no último dia 7 de março. Este é o segundo projeto de Dulce aprovado pela lei. O primeiro foi a publicação do livro infantil A descoberta da Barata Maria, em 2005.

Endereço:http://www.acessa.com/cultura/arquivo/biblioteca/2009/03/12-pelas_ruas_da_cidade/

Agradecimentos 2:




Novamente, agradeço aos amigos pelo carinho com que recebem o livro.
A criadora da capa, Aline Cristina, está trabalhando o livro em sala de aula com seus alunos: desde a convite aos conflitos de um impressão.
Valeu, ALine! Espero que seus alunos apreciem!



Nota da Funalfa:
JUIZ DE FORA - 6/3/2009 - 16:27

"Pelas Ruas da Cidade” traz contos ambientados em Juiz de Fora

Será realizado neste sábado, dia 7, o lançamento do livro “Pelas Ruas da Cidade”, de Dulce Mary Godinho, às 10h, na livraria Terceira Margem. A publicação conta com os recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura Murilo Mendes.

Direcionado ao público juvenil, o livro traz contos ambientados em ruas e lugares de Juiz de Fora. Dulce pretende promover uma nova maneira de se relacionar com a cidade. “A cidade é fator preponderante para a formação da identidade do sujeito”, acredita.

Ao longo do livro, a narrativa vai direcionando o leitor a reconhecer em nossos lugares uma história. Ela mostra a capacidade de a cidade transformar a personagem, assim como seu olhar para onde vive. Dulce acredita que essa é uma forma de resgatar a memória de Juiz de Fora e manter viva nossa história. Além disso, algumas histórias trazem ilustrações de Everaldo Moreira.

O projeto também prevê oficinas literárias, que vão apresentar os gêneros da literatura e propor uma reflexão sobre a cidade a partir dos contos publicados. Outra iniciativa do projeto é a doação de uma parte das publicações para escolas municipais e a realização de debates sobre os contos e as percepções dos alunos.

A autora é professora, escritora e Mestre em Teoria da Literatura, além de ter outras publicações. Uma delas é o livro “A descoberta da Barata Maria”, publicado com os recursos da Lei de Incentivo à Cultura Murilo Mendes de 2005.

*Outras informações com a autora, Dulce Mary Godinho:Tel.: (32) 3212-4633 / (32) 9921-4633.
FUNALFA https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/

Agradecimentos



Caros amigos do blog,
Preciso agradecer aos amigos que compareceram ao lançamento e que, mesmo sem terem ido, contribuem na divulgação desta minha humilde aventura literária.
Um abração ao Leonardo Toledo (Tribuna de MInas),à Livraria A TERCEIRA MARGEM, à FUNALFA e aos colunista do ACESSA.COM.
Deem uma espiadinha:

segunda-feira, 9 de março de 2009

ENCONTRO COM A LITERATURA

Encontros com a literatura é um curso de extensão promovido pelo Departamento de Letras (DLET), da Faculdade de Letras/ UFJF, e destinado a pessoas que se interessam pelo prazer de ler um bom livro e, ou, de ensinar a apreciá-lo.
Para o segundo módulo, foram selecionadas obras consagradas da Literatura Brasileira e Estrangeira, dos clássicos aos contemporâneos. As conferências serão ministradas por professores do DLET e convidados, a partir do dia 14 de março até o dia 30 de maio de 2009, aos sábados, de 9h às 12h. O curso é aberto a toda comunidade.
Ao final do curso, será conferido certificado de participação*.
Contato: encontrosliteratura@ufjf.edu.br / 2102-3150 / 2102-31111

INSCRIÇÕES
As inscrições poderã5o ser feitas pelo site www.ufjf.br (banner rotativo) ou na Central de Atendimento (campus universitário), do dia 03 ao dia 13 de março de 2009.

CUSTO
R$ 210,00 = R$ 50,00 (inscrição) + 2x R$ 80,00 (mensalidades com vencimento em abril e maio). As mensalidades serão recebidas através de boleto bancário, emitido no nome do inscrito.
TOTAL À VISTA = R$ 190,00

INSTRUÇÕES
1. Depositar taxa de inscrição, ou total à vista, na conta:
FADEPE/ENCONTROS COM A LITERATURA
Banco do Brasil Agência: 4763-5 Conta Corrente: 5.619-7
2. Preencher a ficha de inscrição e enviar para encontrosliteratura@ufjf.edu.br, ou entregar na Central de Atendimento (campus universitário);
3. Apresentar comprovante de depósito no primeiro dia de curso.

*válido para participantes devidamente matriculados e com frequência mínima de 75%.

PROGRAMA

DATAS Livro / AUTOR / Conferencista
14 março Tenda dos milagres. JORGE AMADO. Prof. Dr. Gilvan Procópio Ribeiro.
21 março Oráculos de maio. ADÉLIA PRADO. Prof. Dr. Edimilson A. Pereira.
28 março A hora da estrela. CLARICE LISPECTOR. Prof. Dr. Fernando F. Fiorese Furtado.
04 abril Sonho de uma noite de verão. WILLIAN SHAKESPEARE. Prof. Dr. Rogério S. S. Ferreira.
18 abril Poemas. JOÃO CABRAL DE MELO NETO. Profa. Dra. Ude Baldan (UNESP).
25 abril Ossos de sépia. EUGENIO MONTALE. Profa. Dra. Prisca Augustoni.
09 maio Madame Bovary. GUSTAVE FLAUBERT. Profa. Dra. Jovita G. Noronha.
16 maio Viagem do elefante. JOSÉ SARAMAGO. Profa. Dra. Maria Luiza Scher.Pereira
23 maio Budapeste. CHICO BUARQUE. Prof. Dr. Alexandre Graça Faria.
30 maio Contos negreiros e Rasif – mar que arrebenta. MARCELINO FREIRE. Profa..Dra. Terezinha Scher Pereira

domingo, 1 de março de 2009

Novidades no mundo da escrita (não aguentei e voltei para o blog)


" O livro de areia", de Jorge Luis Borges, editora companhia das letras, 112 págs.,R$31
Na continuação do relançamento da obra o mestre argentino pela Cia. das Letras, sai agora esta última coletânea de contos publicados pelo autor, com 13 histórias diversas, variações dos temas obsessivos do autor"
FONTE: Jornal O TEMPO (sábado, 28 de fevereiro de 2009, seção LIVROS)

esta semana vou ficar por conta!!!



www.aterceiramargem.com.br

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Quebrando paradigmas!


Caros amigos do blog,
Bem, estou sem jeito de falar, mas preciso. Afinal, comprometi-me em postar todas as minhas leituras.
O caso é o seguinte: ontem fui à sala da professora que revisou o meu livro para me divertir com as palavras, pois estava escrevendo uma pequena história que eu queria que ela olhasse, então, ela me aconselhou ler " Quem me roubou de mim", livro de Fábio Melo. Inicialmente, repudiei a ideia por não me aproximar muito desse tipo de literatura (quase um preconceito). Recorro ao Marcos Bagno e seu livro " Preconceito linguístico" para, comparativamente, dizer-lhes que não devíamos ter "preconceito literário" (menos Paulo Coelho..rs)para que assim pudéssemos sempre observar a escrita de maneira livre e despidas de paradigmas.
Não encontrei tal livro, mas comprei outro: "Mulheres de aço e de flores". Estou gostando. Tem belas figuras de linguagem, algumas construções são demasiadamente exageras e descritivas, mas outras muito bem escritas que nos dão vontade de escrever também.
É um sentimento estranho ler o novo, o desconhecido. É como se acreditássemos que só os canônicos são bons! Como se a margem ou não tão margem fosse frágil, incompleta.
Mais uma vez, compartilho minhas experências de leituras.
Bom final de semana e boas leituras.
Abraços carinhosos,

* Ainda não acabei de ler Quintana. Sempre volto em um poema ou demoro-me refletindo ...rsrs

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Novidades...

Caros amigos do blog,
Notaram a mudança? Compartilho com vocês não somente minhas leitura como também um dos cantinhos preferidos da minha casa: minha humilde biblioteca (apenas duas prateleiras para melhor visualização do blog).
Cada vez mais íntimos, não?
Abraços carinhosos,
Dulce

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Estou lendo...


Caros amigos,
Carnaval pegando...samba e cerveja no pé...ou samba no pé e cerveja no copo...? Tem um momento que a gente já não sabe...rs
Bem, meu carnaval está sendo divertir-me no bloco do blog (horrível, esta).
Voltemos...ao...estou lendo...Mario Quintana: A vaca e o hipogrifo. É muito bom!
Vou postar depois alguns poemas dele.
Fiquem, por enquanto, com esse:

As covas

O bicho,
quando quer figir dos outros,
faz um buraco na terra.

o homem,
para fugir de si,
fez um buraco no céu.

Acabei de ler o Dom Quixote (versão infanto-juvenil)


Caros amigos do blog,
Confesso que não li a versão completa do " Dom Quixote", mas acredito que esta leitura que realizei para trabalhar em sala tenha me ajudado bastante. Não vou fugir e nem quero da obra de Cervantes, inclusive virou obrigação...rsrs
Bem, a figura de Quixote é bem conhecida por todos nós. Falamos a todo momento sobre as "quixotice" em nossas vidas e, talvez, pensemos que somos loucos ou ingênuos quando nos comparamos a ele. Entretanto, durante a leitura fiquei imaginando a importância de ser Quixote em nossas vidas, talvez sejamos mais corajosos, mais engraçados, mais éticos e justos. Valores estes sem sentido ou distorcidos no mundo atual...Piegas demais para vocês?
Sei não...devaneios de leitura e interpretação. Embora, aceite tal análie e repasse aos meus " xuxus" (alunos) o valor dos sonhos, mesmo quando ninguém acredite neles!Esta é, para mim, a mensagem da obra. Sabemos também que há uma crítica aos livros de cavalaria (lembrei-me de Schopenhauer quando mencionava o tempo de degustação de uma obra, pois Quixote enlouquecera com tantas leituras..rs)e às tolices do ser humano.
Gostei da diferença/semelhança (criei...rs) entre Sancho Pança e Quixote. Enquanto o cavaleiro tem grande imaginação, a praticidade de Pança não o faz distanciar de seu amo e, algumas vezes, duela " causas perdidas" com Quixote.
Qual seria a leitura de vocês?
Deixo-os ler a letra da música "Dom Quixote" dos Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger / Paulo Galvão

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
na ponta dos cascos e fora do páreo
puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
aerodinâmica num tanque de guerra,
vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento

Tudo bem, seja o que for
seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

tudo bem...até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento

muito prazer...ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
por amor às causas perdidas

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Livro novo saindo!


Novo livro poético de Gustavo Goulart (indicado para o prêmio TIM). Tá famoso nosso poeta!
Aguardem mais informações.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estou lendo: Dom Quixote (para o trabalho)


Caros amigos,
Para não me afastar muito do blog, resolvi postar minhas leituras de trabalho. Então...estou lendo Dom Quixote (versão infanto-juvenil) para trabalhar em sala de aula com meus "xuxus" (alunos). Claro que, depois dessa leitura concisa, terei de ler a versão completa.
*"Dom Quixote: o cavaleiro da triste figura
Adaptação de José Angeli
Editora Scipione

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Convite aos amigos do blog!


Caros amigos,
Convido-lhe para o lançamento do meu livro "Pelas ruas da Cidade".
Capa: Aline Cristina da Costa
Orelha: Anesley Pereira
Prefácio: Gustavo Goulart
Ilustrações: Everaldo Moreira

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

As aulas voltaram!

Caros amigos,
As aulas voltaram! Minha única justificativa para a ausência de atualizações!
Esta semana ainda estarei fora de ar...Mas, logo,logo, acompanhem a entrevista e novidades do mundo literário: lançamentos, dicas de livros e releituras de clássicos, entre outros.
Abraços.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Notícias: FLIP anuncia a vinda de António Lobo Antunes


Escritor arredio à "parte mundana da literatura",o português António Lobo Antunes tem sua presença confirmada em dois eventos literários no Brasil neste ano: a 7 Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece de 1 a 5 de julho, e a 13 Jornada de Passo Fundo, entre 24 e 28 de agosto.
Vencedor do Prêmio Camões em 2007, Lobo Antunes já cogitado para o Nobel. No Brasil, o escritor é publicado pela Objetiva/alfaguara, que já lançou seis de seus livros:
"Boa Tarde às coisas aqui em Baixo" (estava escrito assim no jornal), " Memória de elefante", " Os cus de Judas", " Conhecimento do Inferno", " Eu Hei-de amar uma Pedra" e "Ontem Não te vi em Babilônia". Em junho, a editora publica seu mais recente romance< " Meu nome é Legião".

FONTE: Folha de S. Paulo (quinta-feira,22de janeiro de 2009):Ilustrada

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A leitura da poesia


Caros amigos,
Como já lhes disse: a leitura da poesia é para mim um desafio. Ainda não tenho nenhum comentário sobre o livro " Poema sujo", além do óbvio sobre Gullar: uma escrita engajada. Arriscaria em dizer: um desabafo de um exilado.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Estou lendo...


Estou lendo o livro " O roubo da Mona Lisa: o que a arte nos impede de ver" do psicanalista Darlan Leader. A obra é bem elogiada. Fiquei curiosa.
Na própria obra (orelha)há a seguinte passagem:
" Quando Mona Lisa foi roubada do Museu do Louvre em 1911, mas de 24 horas se passaram antes que alguém percebesse seu desaparecimento. Depois, multidões acorreram para ver o espaço vazio onde o quadro estivera exposto. o que poderia ter atraído tanta gente a ficar de olhos pregados numa parede branca e vazia? ... Pode o comportamento dessa pessoas nos dizer algo sobre as razões que nos levam a olhar obras de arte...?"

Parece bom! Quem gosta de psicanálise vai adorar Leader.
Abraços.

E vocês? O que estão lendo?

Entrevista no blog


Caros amigos,
O blog inicia sua caça aos escritores para xeretar sobre suas vidas e obras. A primeira entrevista confirmada é, gentilmente, cedida pelo escritor Lúcio Marques que possui o livro " Exôdos, Encontros Desencontros"
Breve biografia: Lúcio Marques Ferreira Filho é mineiro de Juiz de Fora.Trabalhou em uma empresa aérea brasileira de renome.Atualmente é professor de inglês.
Sua obra possui comentários de grandes escritores de várias regiões como: Moacyr Scliar, José Caludino Marques (Suíça), Francisco Ferreira (Itália), entre outros.
Aguardem a entrevista. (previsão: 23 de janeiro)

O pessimismo e o humor em Schopenhauer

Demorei-me comentar o livro “A arte de escrever”, pois duelava com questões: como criticar um clássico e ser honesta? Bem, então aqui vai...Sinceramente, achei o autor pessimista, (isso todos já sabem) com idéias ferozes sobre a escrita e sobre a língua. No entanto, as passagens em que ele expõe o valor e incompletude da tradução foram excepcionais.
O livro (antologia de ensaios recolhidos de Parerga e Paralipomena) está dividido da seguinte maneira: “Sobre a erudição e os eruditos” (onde há muita crítica sobre o ensino e os intelectuais, até salpicado de humor); “Pensar sobre si mesmo”; “Sobre a leitura e os livros” (a dica dele é não ler muito e, sim, refletir mais. Dar o tempo para digerir o que se leu. Pensar por si só é exercitar a crítica e não a repetição de autores);

O excesso de leitura tira do espírito toda a elasticidade, da mesma maneira que uma pressão contínua tira a elasticidade de uma mola. O meio mais seguro para não possuir nenhum pensamento próprio é pegar um livro nas mãos a cada minuto livre.

“Sobre a escrita e o estilo” (neste ele menciona os erros de quem escreve, as comparações que ele utiliza e os motivos delas, as críticas aos livros que têm grande público, entre outros).
Segundo o tradutor -Pedro Süssekind-, os escritos de Schopenhauer continuam “válidos-hoje, talvez mais do que nunca”.
O título do livro fica mais evidente nas passagens sobre o estilo e a escrita. A arte de escrever, então, seria “cortar palavras”, evitar a prolixidade de tudo àquilo que não valesse o esforço da leitura. Como já disse, realiza muitas comparações, muitas delas me aborreceram. A explicação dele é que a partir das analogias, o leitor entende algo complexo quando comparado ao simples. Facilitaria a leitura se não usasse tanto...rs
Achei-o um purista, pois trata as línguas antigas como perfeitas e menospreza a assimilação de outras expressões em sua linguagem.
Valeu-me a primeira leitura deste livro. O escritor e professores sempre aconselhamos (assim também me incluo) ler duas vezes a obra para obter outras interpretações ou melhorar a que possui. Entretanto, amigos, não lerem de novo tal livro. Apenas aguardo a leitura que tiveram.
Abraços.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Recebi uma indicação para o Prêmio Dardos


"Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, étnicos, literários, pessoais, etc.Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web."

Agradeço à amiga Aline pela indicação que possui um excelente blog sobre autores, obras e download de livros. Vale a pena conferir:http://poesiaexpressaodaalmavidaeobra.blogspot.com

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ferreira Gullar- FLIP 2006- comenta sobre o contexto em que escreveu" Poema sujo"

Vale a pena assistir!

Estou lendo...


Após a leitura de " A arte de escrever" quis me aventurar nos poemas.
Ler poesia, para mim, sempre foi mais difícil; talvez por ter que parar muitas vezes e refletir sobre cada verso, encontrar compreensão entre os não-ditos e demorar-me no todo. Desnudo assim, minha limitação. No entanto, persisto tentando aprimorar sempre minhas leituras. Escolhi, de Ferreira Gullar, o livro " Poema Sujo"- coleção Folha de S.Paulo.

E você? O que está lendo?

Ah! Não esqueci dos comentários sobre o livro de " Shop" (intimidade...rs). Estou escrevendo ainda...aguardem.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

" Escrever, essa foi a única coisa que habitou minha vida e que a encantou. Eu o fiz. A escrita não me abandonou nunca." Marguerite Duras

Duras em " Escrever" relata as agruras em se trabalhar com a escrita. Lembrei-me deste livro por causa da obra abaixo de Schopenhauer. É uma dica legal para quem gosta de metalinguagem.

A arte de escrever de Arthur Schopenhauer



Assim como disse nosso poeta maior, Drummond, " escrever é cortar palavras" (os poetas entendem) acredito ser esta frase a síntese para o livro " A arte de escrever" de Schopenhauer. Estou sendo muito reducionista? Talvez. A leitura deste livro me fez perceber o quanto escrevemos demais para explicar pouco. Às vezes, a prosa (quando escrevemos, é claro)nos faz divagar e perder o objetivo.
A escrita é um risco para quem se aventura.
Li uma resenha muito boa neste site:http://www.livrariacultura.com.br
Aguardem mais impressões sobre o livro.

sábado, 10 de janeiro de 2009

“ Os cem melhores contos do século”: realmente


Como sabem, estou lendo em casa, quando dá um tempinho, “Os cem melhores contos do século” e concordo com o professor Fiorese que disse, em aula, que ler contos é como estar em uma festa e conhecer várias pessoas.
A coletânea é dividida por décadas: anos 40/50, anos 60...e assim por diante. A apreciação de contos nos permite manobrar o livro (objeto mesmo) de acordo com as escolhas que faça. Isso é ótimo. Não há ordenação para a leitura o que me dá total liberdade.
Iniciei pelos anos 90 chamados “Estranhos e intruso” que, segundo o organizador –Italo Moriconi- é uma época de hibridismo de aceitação do diferente, da diversidade na literatura. Temos, então, Rubem Fonseca, Sérgio Sant’Anna, Rubens Figueiredo, Carlos Sussekind, Myriam Campello, Moacyr Scliar, Siviano Santiago, entre outros. (desculpem-me por não escrever todos os autores).
Os primeiros que li desta seção trabalham bastante com o proibido, como: pseudo-pornografia (continua com hífen, né?), com o incesto e bastante crítica descarada.
Se “o inferno mesmo é amar o proibido” ( do conto “ olho” de Myriam Campello-p.549), queimemos na brasa.
Boa leitura!

Diálogo sobre “A ilha desconhecida” - José Saramago


Caros amigos,
Após o belíssimo comentário de Denise, voltei à leitura deste conto - “A ilha desconhecida”- para aqui escrever mais uma vez sobre o autor português e, juntos, nos indagar sobre a obra. Nesses diálogos, pretendo estabelecer algumas considerações a partir de livros trazidos por vocês (acredito que ficará mais interativo).
Então...a alegoria que Saramago utiliza para as portas, sendo uma delas, a das “petições” (logo no início do conto) nos faz lembrar das várias portas que deixamos abertas ou fechadas de nossa própria existência. Às vezes quando na porta das petições alguém bate, nos fazemos de desentendidos assim como o rei e sentamos perto da entrada dos “obséquios”. (Realmente esta passagem será melhor entendia para quem leu o conto. Parece confuso, só parece). Contentamo-nos com a hierarquia burra de nosso sistema, acreditando ser eficiente:“Então, o primeiro-secretário chamava o segundo-secretário, este chamava o terceiro, que mandava o primeiro-ajudante, que por sua vez mandava o segundo, e assim por aí fora até chegar à mulher da limpeza, a qual, não tendo ninguém em quem mandar, entreabria a porta das petições e perguntava pela frincha”
A insistência do homem que queria o barco é o mote de todo o conto, pois é isto que o levará a encontrar o desconhecido. “Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia", logo se atrever a buscar o desconhecido é da natureza humana. É desbravador e, claro, natural. Embora concorde com a amiga Denise que disse que o personagem é superior aos outros por ter tal iniciativa e sensibilidade.
Tal reação inesperada de coragem deste homem do barco mobilizou as outras pessoas que assistiam passivas o governo de suas próprias vidas pelo rei (típico da monarquia e da falsa democracia. Então qual política? Isto eu não sei): “O homem desceu do degrau da porta, sinal de que os outros candidatos podiam enfim avançar, nem valeria a pena explicar que a confusão foi indescritível, todos a quererem chegar ao sítio em primeiro lugar, mas com tão má sorte que a porta já estava fechada outra vez.”
As portas fechadas nunca foram vasculhadas pela população por pura comodidade da não-ação. A empregada destemida abre a “porta da decisão”, que nunca “fora aberta” e sai do palácio. Quantas portas dessa abrimos? O homem do barco, sem querer, ajuda a abrir outras portas.
Se todo homem é uma ilha, estamos sozinhos em nós mesmos e nesse lugar há muito de desconhecido. O não-conhecido é que, quase todos, procuramos: “quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti, não chegas a saber quem és.”
Resume bem estar parte do conto que se explica por si só: “Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós, Se não saímos de nós próprios”.
E, como é difícil sairmos de nós mesmos!
Essa foi minha leitura! E a sua?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Qual o melhor livro que já leu até hoje? Consegue responder?


Difícil responder, não é? Por isso, tentei ajudar com " até hoje", pois há alguma obra que irá lhe incomodar no futuro ( no melhor sentido de incomodar). Não há nenhuma epifania literária, acredito eu, mas alguns nos marcam, seja pelo personagem, seja pela própria escrita...sei lá, cada um reconhece um bom livro de uma forma.
Tenho duas obras que não me esqueço: " A Paixão segundo G.H." de Clarice Lispector e " O Estorvo" de Chico Buarque.

e vocês?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

trailer do filme " O caçador de pipas"

Estou lendo....

Descobri a paciência que a leitura me oferece no mundo real..rs então, levo na bolsa o livro “ A arte de escrever” ( fininho) do Schopenhauer e em casa estou lendo “ Os cem melhores contos brasileiros do século” ( grosso: não dá para levar na bolsa), seleção de Ítalo Moriconi.

Sobre “O caçador de Pipas”

Enfim, terminei a leitura após cinco dias me perdendo por tantas descrições que o autor realiza. E, como deveria escrever algo para vocês, carreguei a obra para todos os lugares e percebi a paciência que a leitura me proporcionou. Sei que fiquei horas na fila do banco e demorei-me na espera de uma consulta, mas relevei por causa da minha distração.
Bem, com relação ao livro, achei de bom gosto a questão tratada pelo escritor sobre a dedicação na amizade e a maneira como ele prendeu a leitura ( a cada ato de desprezo pelo Hassan, a covardia de Amir, a frieza do baba, entre outros).
Havia muitos clichês, fielmente retratados pelo próprio personagem que admitia que eles eram de “precisão impressionante” (p.199) e, ainda na mesma página, “O problema é que a adequação das expressões-clichês é ofuscada pela natureza da expressão enquanto clichê”. Deixa ele, né? Não vou entrar nesse mérito de clichê, é muito clichê.
Gostei da tradução de Maria Helena Rouanet que nos deixou algumas expressões afegãs, como baba, Salaam alaykum, noor dos olhos (achei lindo, não sei o significado preciso, mas sei que é uma expressão de elogio). Como a traduziblidade é a aproximação da língua e não a certeza dela em outra cultura, apreciei a forma do livro.
No início, os nomes me pareceram muito confusos e de difícil assimilação, mas deu para pegar e me lembrar de todos, confesso que a do próprio autor...rsrs
Na edição especial que inclui a carta para os leitores, Hosseini escreve algo que compartilho: “ percebo a habilidade única que a ficção tem de conectar as pessoas, e vejo quão universal algumas experiências humanas são: vergonha, culpa, arrependimento, amor, amizade, perdão e redenção.” Certamente, a literatura exerce esta união, sem parecer piegas por isso, e sim porque realmente acredito que através dela possamos nos conectar, assim como pretendo fazer com este blog: unir conhecimento.
Parece demais ter duas obras iguais, mas essa com as ilustrações ofereceu-me alguns mapas que foram úteis para compreensão. Meu imaginário não alcançou a questão espacial. Tratar Talibã, Cabul, Afeganistão...para mim, só com mapa...rsrs
A cor da personalidade das duas crianças contrastava e ficava esperando alguma mudança de comportamento. Para o narrador “as crianças não são cadernos de colorir. Você não tem de preenchê-lo com suas cores favoritas”. P29 (do mais puro clichês para vcs.) as cores estavam bem definidas no começo. Ainda que o livro carregue a previsibilidade em alguns aspectos, sabemos do fim de Amir, ficamos ansioso quando se dará a mudança. Demorou!
Tentando interpretar a obra, finalizei com a seguinte compreensão (me provem que preciso pensar diferente): Hassan era um excelente caçador de pipas, pois sabia exatamente onde ela iria cair, assim como sua vida. Sabemos que sempre fora mais esperto que Amir, apesar do pouco estudo. Por sua vez, Amir empinava a pipa com a ilusão de que controlava sua vida, mas na obra notamos os ventos que desarticularam o garoto. A culpa não o deixava viver em paz e foi ela quem a fez mudar de atitudes e trazer consigo o filho de Hassan (que para mim é a alegoria da culpa perdida no Afeganistão). O bom mesmo é pegar a pipa que cai.
Não vou seguir o conselho do meu amigo Gustavo e lançar o livro do Cristo, mas lanço aqui o desafio de outras leituras.
Abraços.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A leitura do " Caçador de Pipas"


Caros amigos,
Estou no final do livro e não consigo acabá-lo. Nas páginas finais ele tomou muita consistência e imagino como o autor irá finalizar.
Aguardem mais linhas sobre tal obra, apenas escrevo estas para atualização do blog e, talvez, para justificar a escolha desse livro.
Trabalhar com literatura ou somente apreciá-la a gente fica com algumas
" obrigações", há algumas leituras que devemos fazer. Nunca gostei de ler os livros citados como " os dez melhores". Não acho que assim se faz o valor da literatura (pela vendagem), mas diante de alunos curiosos sobre a livro do momento, considero que, alguns, precisemos ler para efetuar um diálogo com os estudantes e motivá-los ao debate sobre livros.
Sendo assim, refiro-me às escolhas de algumas obras que fogem aos canônicos.
Até mais!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Dicas de sites:

Visitem este site de Juiz de Fora:http://www.oclick.com.br/almanaque/litera.html. É bem completo sobre o que rola na cidade e oferece artigos interessantes.
Tenho alguns escritos na seção Literatura, confiram!

O site da Revista eletrônica Darandina http://www.darandina.ufjf.br/ é principalmente formado por publicações acadêmicas, mas recebe também textos criativos. É bom visitar e saber sobre as produções contemporâneas.

Boa leitura!

Dicas de livros e autores:

Estou lendo para escrever no blog " O caçador de Pipas" de Khaled Hosseini da editora Nova Fronteira. Temos também a edição especial ilustrada do romance ( é bacana também).

Para quem gosta de poesia: o livro de Gustavo Goulart, " Estado ao vento" é ótimo. Poesia contemporânea de bom gosto, com interpretações inovadoras e, algumas vezes, engraçadas sobre o cotidiano. Vale a pena conferir o autor que este ano lançará sua nova obra.

Dê suas sugestões!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Entrevista com José Saramago

Qual o livro que você leu?

Dê o seu depoimento. Vamos discutir sobre literatura de maneira prazerosa e fugir das
"verdades" criadas pelos críticos profissionais. Vamos ser nossos próprios críticos e ler para interagir com o mundo.

"Ensaio sobre a cegueira": livro e filme


"Ensaio sobre a cegueira": livro e filme

Ganhei o livro “Ensaio sobre a cegueira" já com a imagem de uma das cenas do filme (segunda capa que, na realidade, tornou-se a primeira, para garantir a venda) e fiquei curiosa sobre o filme de Fernando Meirelles.
A leitura foi intensa devido às descrições que Saramago proporcionava a cada detalhe nos fazendo imaginar toda a cena. Gostei da idéia dos personagens não terem nome, apesar de ficar, às vezes, cansativo. No próprio livro há, talvez, uma explicação: “Os cegos não precisam de nome, eu sou esta voz que tenho, o resto não é importante”. P.275
A cada página, uma surpresa. Assim foi quando, no inicio, deu-se a cegueira. Depois na casa destinada à quarentena. O grupo de cegos para comandar. A mulher que via.
Demorei-me na leitura, mas valeu a pena refletir sobre a cegueira de todos nós, a total desorganização do ser humano, a adaptação, ao egoísmo e a lei do mais forte. Surpreende-nos o equilíbrio sugerido pelo livro (assim li) dos mais fortes e suas ações. A mulher do médico que “numa terra de cegos” tem um olho e é “rei”, quis ajudar os cegos, abdicando-se de descanso e prazer para ser o olho de quem não vê. De outro lado, os cegos experientes que se aproveitaram da cegueira paralisante das pessoas, assim como o ladrão do carro do primeiro cego. Assim é o ser humano: bom e mau. “O difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las”. P.276
A moralidade também foi diluída, ou melhor, para cada situação uma nova moral. Oferecer as mulheres como moeda de troca parecia ser justo naquela situação, ter relações sexuais com vários também é perdoado. Afinal somos todos uns animais. Quanto à lei convencionada da boa convivência e decência eram lembradas ali, havia alguém para recordar que naquele momento as leis eram diferentes.
Na obra, a questão da falta de higiene foi bastante explorada pelas eternas descrições da imundice e dos excrementos humanos sendo, portanto, piores do que os animais, pois sujavam seu próprio abrigo.
“As mãos são os olhos do cego” P.302 e o tato foi a pedra crucial para detalhar a vida do cego, embora achasse que poderia haver mais relatos no livro. No filme tem uma passagem linda em que o casal (o oftalmologista e a mulher) estão juntos, ele passa a mão pelo rosto da esposa e declara que, daquela maneira, ele a via.
A produção cinematográfica obedece fielmente às passagens da obra, sendo fácil saber a cena que virá a seguir. Entre as cenas, o diretor colocava uma luz forte branca que, segundo o autor português, a cegueira era o mal-branco ou a treva branca.
Meirelles respeita a ordenação do livro e acrescenta poucos detalhes. A escolha dos atores também, ao meu ver, foi muito boa. Houve poucos provérbios sobre a relação cego-mundo (no livro há muitas passagens, não as achei para escrever para vocês, deveria ter marcado). Algumas vezes, por tamanha disparidade proposital do autor, evidente, eu estava a rir das situações dos personagens segundo os ditados populares que Saramago entrelaçava no texto.
Em nenhuma das formas (livro e filme) há a explicação sobre a origem da cegueira e a cura. Fiquei a pensar sobre a cegueira que temos sobre alguma passagem de nossa vida. Será? Esta indagações que são interessantes quando estamos lendo. Até as mais banais e, por que não, forçadas? Reflexão não é assumir apenas uma opinião.

E O FINAL, AMIGOS? O QUE ACHAM?

“A mulher do médico levantou-se e foi à janela. Olhou para baixo, para a rua coberta de lixo, para as pessoas que gritavam e cantavam. Depois levantou a cabeça para o céu e viu-o todo branco. Chegou minha vez. O medo súbito fê-la baixar os olhos. A cidade ainda ali estava.” P.310

Confesso que na leitura eu havia entendido que ela também cegara. No filme, achei que não. Agora, estou na dúvida. O fato de a cidade ainda estar ali foge ao fato de ela ver ou não. Fechar com esta frase me deixou sem saber.

Saiba sobre a blog

Meu interesse em criar este blog foi favorecer um espaço para a discussão sobre os livros que li com outras pessoas e, desta forma, interagir de maneira informal com outros leitores a fim de conhecer opiniões, críticas e sugestões sobre obras e autores.